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Metodologia Científica

Método Comparativo

Amostra de método comparativo

Introdução

O método comparativo foi empregado por Tylor, que considerava que “o estudo das semelhanças e diferenças entre diversos tipos de grupos, sociedades ou povos contribui para uma melhor compreensão do comportamento humano” (MARCONI; LAKATOS, 2022).

Nesse tipo de abordagem, a pesquisa concentra-se em estabelecer semelhanças e diferenças que possa haver em diversos tipos de grupos ou sociedades para compreender o comportamento humano. Imaginemos, por exemplo, uma pesquisa na área do Direito que estabelecesse um comparativo entre o instituto da delação premiada (ou cooperação premiada) em vigor no Brasil com o mesmo instituto presente em outros países (MEDEIROS, 2019).

Consiste em investigar coisas ou fatos e explicá-los segundo suas semelhanças e diferenças. Geralmente, o método comparativo aborda duas séries ou fatos de natureza análoga, tomados de meios sociais ou de outra área do saber, a fim de se detectar o que é comum a ambos. Esse método é aplicado nas mais diversas áreas das ciências, principalmente na das ciências sociais. Sua utilização deve-se à possibilidade oferecida pelo estudo de se trabalhar com grandes grupamentos humanos em universos populacionais diferentes e até distanciados pelo espaço geográfico. Assim, podemos realizar pesquisas comparando sociedades cujo espaço seja separado por duas longínquas, dentre os assuntos mais variados possíveis, dependendo, naturalmente, da formação e do objetivo do pesquisador (FACHIN, 2017).

O que é Método Comparativo?

Constitui uma verdadeira “experimentação indireta”, é empregado em estudos de largo alcance (desenvolvimento da sociedade capitalista) e de setores concretos (comparação de tipos específicos de eleições), assim como para estudos qualitativos (diferentes formas de governo) e quantitativos (taxa de escolarização de países desenvolvidos e subdesenvolvidos) (MARCONI; LAKATOS, 2022).

O método comparativo procede pela investigação de indivíduos, classes, fenômenos ou fatos, com vistas a ressaltar as diferenças e similares entre eles. Sua ampla utilização nas ciências sociais deve-se ao fato possibilitar o estudo comparativo de grandes grupamentos sociais, separados pelo espaço e pelo tempo. Assim é que podem ser realizados estudos comparando diferentes culturas ou sistemas políticos (GIL, 2019b).

Método comparativo procede pela investigação dos indivíduos, classes e fenômenos ou fatos, com vista em ressaltar as diferenças ou semelhanças entre eles. Esse método possibilita o estudo comparativo de grandes grupamentos sociais, separados pelo espaço e pelo tempo. Por sua vez, é percebido, em geral, como um método experimental (MATIAS-PEREIRA, 2018).

Esse método procede pela investigação de indivíduos, classes, fenômenos ou fatos, com vistas a ressaltar as diferenças e similaridades entre eles (MICHEL, 2015).

Objetivo do Método Comparativo

Este método realiza comparações, com a finalidade de verificar similitudes e explicar divergências. O método é comparativo é usado tanto para comparações de grupos no presente, passado, ou entre os existentes e os do passado, quando entre sociedades de iguais ou diferentes estágios de desenvolvimento (MARCONI; LAKATOS, 2022).

O método comparativo objetiva explicar semelhanças e dessemelhanças por meio de observações de duas épocas, ou dois fatos. Em outros termos, podemos compreender melhor duas sociedades diferentes, analisando suas semelhanças e diferenças culturais, institucionais, de sistemas de governo etc. (HENRIQUES, MEDEIROS, 2017).

Função do Método Comparativo?

Este método realiza comparações com a finalidade de verificar semelhanças e explicar divergências. O método comparativo é usado tanto para comparações de grupos no presente, no passado, ou, entre os existentes e os do passado, quanto entre sociedades de iguais de diferentes estágios de desenvolvimento (ANDRADE, 2017).

Ocupando-se da explicação dos fenômenos, o método comparativo permite analisar o dado concreto, deduzindo do mesmo os elementos constantes, abstratos e gerais (MARCONI; LAKATOS, 2022).

Ele permite o confronto, o paralelo entre os elementos investigados, considerando suas particularidades e relações (MICHEL, 2015).

Vantagens do Método Comparativo

Pode ser utilizado em todas as fases e níveis de investigação: num estudo descritivo, pode averiguar a analogia entre os elementos de uma estrutura (regime presidencialista americano e francês) ou analisar tais elementos; nas classificações, permite a construção de tipologias (cultura de folk e civilização); finalmente, em nível de explicação, pode, até certo ponto, apontar vínculos causais entre fatores presentes e ausentes (MARCONI; LAKATOS, 2022).

Podem também ser efetivadas pesquisadas envolvendo padrões de comportamento familiar ou religioso de épocas diferentes (GIL, 2019b).

Buscado o saber das ciências contábeis, pode-se fazer um estudo com esse método, comparando, por exemplo, índices de liquidez e endividamento de empresas de grande porte no ramo alimentício. Essa é a razão pela qual se diz que o método comparativo tem grande amplitude no campo das ciências, com sua aplicação nos elementos investigativos, conforme o ponto de vista que se pretende estudar, pois o comportamento humano (sendo típico, genérico e universal) pode ser mais bem compreendido mediante comparações de diversos grupos ou subgrupos sociais, em alguns casos, de indivíduos e também de dados, objetos e outros. Comparando-se semelhanças e divergências, a importância entre os grupos pode ser bem mais explicada. Ao explicar fenômenos e, então, a dedução dos elementos constantes, abstratos gerais. É um método que propicia investigações de caráter indireto (FACHIN, 2017).

Desvantagens do Método Comparativo

Algumas vezes, o método comparativo é visto como mais superficial em relação a outros. No entanto, há situações em que seus procedimentos são desenvolvidos mediante rigoroso controle e seus resultados proporcionam elevado grau de generalização (GIL, 2019b).

Entretanto, deve-se ter claro que comparar, em pesquisa, é mais que um olhar superficial sobre os elementos investigados colocados lado a lado. Comparar, em ciência, significa levantar características comuns e diferentes com cuidado e meticulosidade, voltadas essencialmente para o que se pretende discutir ou investigar na pesquisa (MICHEL, 2015).

Aplicações e Exemplos de Método Comparativo

Exemplos: Modo de vida rural e urbano no Estado de São Paulo; características sociais da colonização portuguesa e espanhola na América Latina; classes sociais no Brasil, na época colonial e atualmente; organização de empresas norte-americanas e japonesas; a educação entre os povos ágrafos e os tecnologicamente desenvolvidos. (MARCONI; LAKATOS, 2022).

Os trabalhos de Piaget, no campo do desenvolvimento intelectual da criança, constituem importantes exemplos da utilização do método comparativo (GIL, 2019b).

Imaginemos, por exemplo, uma pesquisa na área do Direito que estabelecesse um comparativo entre o instituto da delação premiada (ou cooperação premiada) em vigor no Brasil com o mesmo instituto presente em outros países (MEDEIROS, 2019).

É comum no noticiário jornalístico depararmos com informações sobre comparações entre taxa de natalidade do Brasil com relação à de outros países da Europa ou com relação aos Estados Unidos, diferenças de formas de governo, de nível de escolarização, de número de pessoas encarceradas, de procedimentos do judiciário etc. A utilização do método comparativo nas Ciências Sociais é devida ao fato de possibilitar o estudo comparativo de grandes grupamentos sociais, separados pelo espaço e pelo tempo. Assim é que podem ser realizados estudos comparando diferentes culturas ou sistemas políticos. Podem também ser afetivas pesquisas envolvendo padrões de comportamento familiar ou religioso de épocas diferentes. Na pesquisa jurídica, pode-se, por exemplo, fazer um estudo comparando as Constituições do Brasil, ou, mais particularmente, como determinados direitos são vistos nas diferentes Constituições brasileiras (HENRIQUES, MEDEIROS, 2017).

Pode-se estudar, por exemplo, um assunto relacionado ao menor abandonado ou menor infrator, compreendo duas amostragens em cidades diferentes; ou comparar o nível de aprendizagem de grupos de crianças cuja alfabetização foi fundamentada na teoria do processo de ensino de Maria Montessori (resumidamente, essa teoria trata da forma de aprendizagem centrada na criança como um ser original e único; a autorrevelação na qual a criança tem possibilidades de encontrar uma existência de sabedoria e amor, viver de forma harmoniosa e criadora) e na teoria de aprendizagem do processo de ensino de Robert Gagné (em linhas gerais, essa teoria considera a prontidão uma das características da aprendizagem como função de pré-requisitos constituídos por um conjunto ordenado de capacidades, em um modelo que progride segundo os processos de diferenciação da aprendizagem). Essas duas teorias distintas de aprendizagem ilustram bem o método comparativo. Buscado o saber das ciências contábeis, pode-se fazer um estudo com esse método, comparando, por exemplo, índices de liquidez e endividamento de empresas de grande porte no ramo alimentício. Buscado o saber das ciências contábeis, pode-se fazer um estudo com esse método, comparando, por exemplo, índices de liquidez e endividamento de empresas de grande porte no ramo alimentício. Essa é a razão pela qual se diz que o método comparativo tem grande amplitude no campo das ciências, com sua aplicação nos elementos investigativos, conforme o ponto de vista que se pretende estudar, pois o comportamento humano (sendo típico, genérico e universal) pode ser mais bem compreendido mediante comparações de diversos grupos ou subgrupos sociais, em alguns casos, de indivíduos e também de dados, objetos e outros. Comparando-se semelhanças e divergências, a importância entre os grupos pode ser bem mais explicada. Ao explicar fenômenos e, então, a dedução dos elementos constantes, abstratos gerais. É um método que propicia investigações de caráter indireto (FACHIN, 2017).

Sua ampla utilização nas ciências sociais se deve ao fato de possibilitar o estudo comparativo de grandes grupamentos sociais, separados pelo espaço e pelo tempo. Assim podem ser feitos estudos comparando diferentes culturas ou sistemas políticos, padrões de comportamentos familiares, variáveis organizacionais, fatos contábeis, comportamentos religiosos de épocas diferentes Esse método é também eficaz para pesquisar para pesquisar e comparar problemas que envolvam escolha e opção de medidas, estratégias, táticas organizacionais, vendas, custos etc. (MICHEL, 2015).

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Referências Bibliográficas:

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2017.

FACHIN, Odília. Fundamentos da Metodologia Científica: noções básicas em pesquisa científica. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2019.b.

HENRIQUES, Antonio; MEDEIROS, João Bosco. Metodologia da Pesquisa Jurídica. 9.ed. São Paulo: Atlas, 2017.

MATIAS-PEREIRA, José. Manual de Metodologia da Pesquisa Científica. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2018.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2022.

MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: prática de fichamentos, resumos, resenhas. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2019.

MICHEL, Maria Helena. Metodologia e Pesquisa Científica em Ciências Sociais: um guia prático para acompanhamento da disciplina e elaboração de trabalhos monográficos. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2015.

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