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Metodologia Científica

Método Científico

A ciência é um procedimento metódico cujo objetivo é conhecer e interpretar a realidade, intervindo nela e tendo como diretriz problemas formulados que sustentem regras e ações adequadas à constituição do conhecimento. O método não é único e nem sempre o mesmo para o estudo deste ou daquele objeto e/ou para este ou aquele quadro da ciência, uma vez que reflete as condições históricas do momento em que o conhecimento é construído. (BARROS; LEHFELD, 2014).

O método é a parte do projeto de pesquisa que descreve os procedimentos necessários para estudar o objeto e responder às perguntas feitas no objetivo. Aliás, junto com esses dois itens, o método forma o ponto central de qualquer pesquisa. Geralmente, quando o objetivo e objeto estão bem definidos, o método costuma aparecer quase espontaneamente. Mas, quando um está errado, os outros dois geralmente estão com um problema. A escolha do método depende da pergunta de pesquisa. Em alguns casos, já na formulação da questão inicial fica mais ou menos implícito qual método será utilizado. Desta forma, o método é conjunto de procedimentos necessários para realizar uma pesquisa. (MARTINO, 2018).

Quando escolher o Método Científico

A escolha do método é o que caracteriza uma pesquisa como científica, dá confiabilidade, racionalidade e segurança. É o conjunto de procedimentos, ferramentas, o modo que direciona a investigação, a solução. Por tanto, o sucesso do método depende da ação do investigador, da sua competência na escolha em termos de adequação e do tratamento do método escolhido. (MICHEL, 2015).

Quando observamos a prática científica concreta, o que nos aparece de forma mais evidente é a aplicação de atividades de caráter operacional técnico. Uma infinidade de aparelhos tecnológicos enche os laboratórios, desenvolvem-se variados procedimentos históricos, de cálculos estatísticos, de tabulação, de entrevistas, depoimentos, questionários etc. Mas todo esse sofisticado arsenal de técnicas não é usado aleatoriamente. Ao contrário, ele segue um cuidadoso plano de utilização, ou seja, cumpre um roteiro preciso, uma vez que se dá em função de um método. A aplicação do instrumental tecnológico se dá em decorrência de um processo metodológico, da prática do método de pesquisa, ou seja, método científico que está sendo usado. (SEVERINO, 2016).

O método científico é um conjunto de etapas, ordenadamente organizadas para serem utilizadas na investigação da verdade, no estudo de uma ciência ou para alcançar determinado fim. Na ciência, os métodos constituem os instrumentos básicos que ordenam o pensamento e a forma de proceder do cientista na busca de atingir objetivos preestabelecidos. Para atingir esses objetivos pode-se empregar um método ou vários métodos auxiliados por técnicas pertinentes. (LEÃO, 2017).

Método é um instrumento do conhecimento que proporciona aos pesquisadores, em qualquer área de sua formação, orientação geral que facilita planejar uma pesquisa, formular hipóteses, coordenar investigações, realizar experiências e interpretar os resultados. Em sentido mais genérico, método, em pesquisas, seja qual for o tipo, é a escolha de procedimentos sistemáticos para descrição e explicação de um estudo. No desenrolar da pesquisa, podem aparecer vários tipos de métodos. (FACHIN, 2017).

As ciências caracterizam-se pela utilização de métodos científicos, mas nem todos os ramos de estudo que empregam esses métodos são ciências. A utilização de métodos científicos não é, portanto, da alçada exclusiva da ciência, mas não há ciência sem o emprego de métodos científicos. (MARCONI; LAKATOS, 2019).

A palavra método tem origem do grego methodos, e significa “caminho para chegar a um fim”. Muitos pensadores do passado manifestaram a aspiração de definir um método universal aplicável a todos os ramos do conhecimento. Hoje, porém, os cientistas e os filósofos da ciência preferem falar numa diversidade de métodos, os quais são determinados pelo tipo de objeto a investigar e pela classe de preposições a descobrir. Assim, pode-se afirmar que a Matemática não tem o mesmo método da Física, e que esta não tem o mesmo método da Astronomia. Quanto às Ciências Sociais, pode-se dizer que dispõem de uma grande variedade de métodos. (GIL, 2019).

A aplicação do método científico leva à constituição de teorias. Na origem, teoria significa contemplação, reflexão, ideia nascida com base em alguma hipótese, ou conjunto de princípios fundamentais de uma ciência. Diferentemente, pois, da acepção do senso comum que vê como especulação, a teoria é constituída por uma síntese de um campo de conhecimento, erigido com base em hipóteses falseáveis permanentemente submetidas a um controle rígido, que estabelece sua validade ou invalidade. Os resultados a que se chega são às vezes elevados a categorias de leis. Todo trabalho acadêmico (Trabalho de conclusão de curso – TCC, dissertação de mestrado, tese de doutorado, artigo científico etc.) apoia-se em uma metodologia de pesquisa. Ao pesquisador cabe informar os caminhos que percorreu para alcançar os resultados a que chegou, ou seja, quais métodos foram utilizados. (MEDEIROS, 2019).

História e Evolução do Método Científico

Não existe uma data que pode ser tomada como ponto inicial da produção da ciência. Mas podemos tomar como referência alguns eventos impactantes no processo da evolução humana ocorridos nesse período: a sedimentação e o surgimento dos primeiros povoados humanos, a invenção da agricultura, da roda e da escrita e a descoberta do fogo. Na antiguidade Pré-Histórica, o conhecimento era eminentemente prático, sem elaborações filosóficas e teóricas, e era produzido por grupos tribais e étnicos através da experiência do senso comum, das atividades artesanais e artes de ofício, das emanações mitológicas e da espiritualidade. As criações e as descobertas feitas nesse período deram as bases para todo o conhecimento humano. (SANTOS; KIENEN; CASTIÑEIRA, 2015).

A preocupação em descobrir e explicar a natureza vem desde os primórdios da humanidade, quando as duas principais questões referiam-se às forças da natureza, a cuja mercê viviam os homens, e à morte. O conhecimento mítico voltou-se à explicação desses fenômenos, atribuindo-os a entidades de caráter sobrenatural. A verdade era impregnada de noções supra-humanas e a explicação fundamentava-se em motivações humanas, atribuídas a forças e potências sobrenaturais. À medida que o conhecimento religioso se voltou, também, para a explicação dos fenômenos da natureza e do caráter transcendental da morte, como fundamento de suas concepções, a verdade, tida como revelação da divindade, revestiu-se de caráter dogmático. Explicavam-se os acontecimentos através de primeiras causas – os deuses -, o acesso dos homens derivava da inspiração divina. O caráter sagrado das leis, da verdade, do conhecimento, como explicações sobre o homem e o universo, determina uma aceitação sem crítica de tudo o que acontecia, deslocando o foco das atenções para a explicação da natureza da divindade. (MARCONI; LAKATOS, 2019).

Os egípcios já tinham desenvolvido um saber técnico evoluído, principalmente nas áreas da Matemática, Geometria e Medicina, mas os gregos foram provavelmente os primeiros a buscar o saber que não tivesse, necessariamente, uma relação com a atividade prática. A preocupação dos precursores da filosofia (filo=amigo + sofia); saber e quer dizer amigo do saber) era buscar conhecer o porquê e o para que tudo o que se pudesse pensar. Assim, a teorização do conhecimento, pelo menos no mundo ocidental, começou na Grécia Antiga com os pré-socráticos da escola jônica como Tales de Mileto (624-547 a.C), Anaxímenes (585-525 a.C.) e Anaximandro (610-547 a.C). A Grécia Antiga foi o embrião do conhecimento científico ao inaugurar a classificação do conhecimento racional sistematizado séculos depois por Descartes. Ao dividir o saber racional em quatro ramos (Aritmética, Geometria, Música e Astronomia), os discípulos de Pitágoras avançaram além das contribuições de pensadores do Egito Antigo (Claudio Ptolomeu, por exemplo) e doutras civilizações do Crescente Fértil. A filosofia do conhecimento ou da ciência ganhou impulso com grandes pensadores gregos, como Sócrates (470-399 a.C), Protágoras (486-410 a.C), Platão e Aristóteles, e romanos, como Santo Agostinho (354-430 d.C). (SANTOS; KIENEN; CASTIÑEIRA, 2015).

O conhecimento filosófico volta-se para a investigação racional na tentativa de captar a essência imutável do real, através da compreensão da forma e das leis da natureza. O senso comum, aliado à explicação religiosa e ao conhecimento filosófico, orientou as preocupações do homem com o universo. (MARCONI; LAKATOS, 2019).

A dialética é entendida como diálogo existe desde os primórdios da civilização. Vamos encontrá-la registrada nas colônias gregas, a partir dos filósofos pré-socráticos nos séculos VI e V a.C. para melhor entendimento, ao fazermos uma ligeira retrospectiva da evolução do pensamento dialético, pretendemos oferecer um rápido referencial ao neopesquisador para que ele possa entender com melhor clareza o que vem a ser o método dialético. Assim, a evolução da dialética pode ser assim sistematizada (OLIVEIRA, 2018):

  • Heráclito de Éfeso – 504 e 500 a.C.: os aspectos fundamentais de sua doutrina são:
  • A afirmação da unidade fundamental de todas as coisas;
  • Todas as coisas estão em movimento;
  • O movimento se processa através do contrário;
  • O fogo é gerador do processo cósmico;
  • O Logos é compreendido como inteligência divina que governa o real;
  • A sabedoria liga-se ao Logos.
  • O conhecimento sensível é enganador e deve ser superado pela razão.

Além desses fragmentos da doutrina Heráclito, merece especial destaque a afirmação de que “tudo se faz por contraste; da luta dos contrários nasce a mais bela harmonia”. Portanto, o fundamental da dialética deve-se aos ensinamentos desse filósofo, que marcou a história da humanidade com a célebre frase: “uma pessoa não pode banhar-se duas vezes no mesmo rio, porque tanto a pessoa como o rio sofrem alterações com o tempo”. Aqui se encontra o princípio da mutação que, para Heráclito, processa-se pelo conflito na luta dos contrários. (OLIVEIRA, 2018).

Durante grande parte da Idade Média dominaram a ideia de universo orgânico, vivo e espiritualizado, o teocentrismo e o cesaropapismo. Historicamente o conhecimento “sempre teve uma forte influência de crenças e dogmas religiosos. Mas na Idade Média, a igreja católica serviu demarco referencial para praticamente todas as ideias discutidas na época. A população não participava do saber, já que os documentos para consulta estavam presos nos mosteiros das ordens religiosas. Prevaleceram o senso comum, a mitologia, a especulação religiosa, a filosofia e a globalização mercantil.

Entretanto, o período compreendido entre o declínio da Idade Média e a modernidade viu contribuições significativas para o avanço da ciência. Nesse período, a produção do conhecimento recebeu contribuição significativa de pensadores como Roger Bacon (1220-1292), o primeiro pensador a defender a experimentação e o empirismo como fonte de conhecimento. Copérnio e Galileu Galilei. O período medieval recebeu a contribuição da civilização arábico-islâmica, que disseminou conhecimentos da própria lavra e traduziu muitas obras de filósofos gregos, dentre os quais Platão. Também na Idade Média foram implantadas as primeiras universidades na Europa como grandes polos de disseminação do conhecimento.

A partir da Baixa Idade Média, a produção do conhecimento foi impulsionada por eventos impactantes como as grandes navegações intercontinentais, o renascimento cultural e a criação de Estados nacionais. Foi no período do renascimento, aproximadamente entre os séculos XV e XVI (anos 1400 e 1500) que, segundo alguns historiadores, os seres humanos retomaram o prazer de pensar e produzir o conhecimento através de ideias. Nesse período as artes, de uma forma geral, tomaram um impulso significativo. Nesse período Michelangelo Buonarrote esculpiu a estátua de David e pintou o teto da Capela Sistina na Itália. (SANTOS; KIENEN; CASTIÑEIRA, 2015).

Copérnico, Kepler, Galileu e Newton

Os trabalhos de Johannes Kepler e Galileu Galilei vieram demonstrar que a Astronomia era uma parte da física. Foi Galileu quem submeteu a teoria de Copérnico à nova prática do telescópio, mas combinou a observação e a indução com a dedução da Matemática pela experiência, inaugurando assim o verdadeiro método experimental. As ciências para Galileu possuem as relações quantitativas como foco principal. (BARROS; LEHFELD, 2014).

Esse período foi caracterizado pela ruptura com a estrutura teológica e epistemológica do período medieval. Dando início a busca por uma interpretação matematizada e formal do real. O método acontecendo em dois momentos: a indução e a educação. (PRODANOV; FREITAS, 2013).

Galileu não segue as recomendações “baconianas” ou “cartesianas” ao buscar resolver questões relacionadas ao movimento dos corpos na física. De outra forma, estabelece uma sistemática através da qual obtém êxito na explicação dos fenômenos estudados, chegando a uma nova definição de força e lançando as bases para a concepção moderna da dinâmica. Os passos adotados na pesquisa são enunciados pelo filósofo Bertrand Russell, já que o próprio Galileu não se ocupou da sua divulgação. (MARTINS; THEÓPHILO, 2018).

O método de Galileu pode ser chamado do método de indução experimental, chegando a uma generalização por meio das fases de:

  • Observação dos fenômenos;
  • Análise dos elementos que compõem os fenômenos;
  • Indução de hipóteses;
  • Verificação de hipóteses aventadas por intermédio das experiências;
  • Generalização do resultado das experiências;
  • Confirmação das hipóteses obtendo-se leis gerais.

Isaac Newton foi um ativo pesquisador experimental. Nascido no ano da morte de Galileu, em 1642, utiliza, em sua obra Principia, os procedimentos dedutivos. A criação do método hipotético-dedutivo lhe é atribuída, pois frequentemente tinha de demonstrar as fórmulas Matemáticas dos seus trabalhos. Newton sustentava-se em um processo de reflexão que se evidenciava nas suas três regras de raciocínio (BARROS; LEHFELD, 2014):

  • Procedimentos simples e familiares – simplicidade;
  • Uniformidade da natureza – conclusões da analogia;
  • Reformulação das duas primeiras regras, objetivando-se a busca de outras conclusões.

Bacon, Hobbes, Locke, Hume, Mill e Descartes

Somente no século XVI é que se iniciou uma linha de pensamento que propunha encontrar um conhecimento da realidade embasado em maiores garantias. Não se buscam mais as causas absolutas ou a natureza íntima das coisas; ao contrário, procura-se compreender as relações entre elas, assim como a explicação dos acontecimentos, através da observação científica aliada ao raciocínio. Com o passar do tempo, muitas modificações foram introduzidas nos métodos existentes, inclusive surgiram outros novos. (MARCONI; LAKATOS, 2019).

Contribuíram com aprofundamento da questão da indução e com o lançamento das bases para o método indutivo-experimental. O raciocínio indutivo influenciou significativamente o pensamento científico. Desde o aparecimento no Novum organum, de Francis Bacon (1561-1626), o método indutivo passou a ser visto como o método por excelência das ciências naturais. Com o advento do positivismo, sua importância foi reforçada e passou a ser proposto também como o método mais adequado para investigação nas ciências sociais. (PRODANOV; FREITAS, 2013).

Atribui-se Francis Bacon o fato de ter sido um dos pioneiros na tentativa de formalizar uma concepção de método na ciência moderna. Em sua obra Novum organum (1620), a ciência é concebida como derivada da observação. O método científico de conteúdo indutivopropugnado por Bacon é um conjunto de regras que estabelece como alcançar generalizações a partir da observação dos fatos: o cientista deve observar os fatos, deixando de lado as antecipações mentais. Somente a partir de então, usando os dados obtidos por meio dos sentidos, pode buscar gradualmente cuidadosas generalizações acerca de leis que governam os fenômenos observados. (MARTINS; THEÓPHILO, 2018).

O método de experimentação proposto por Bacon é denominado método das coincidências constantes, o qualpostula que o aparecimento de um fenômeno tem uma causa necessária e suficiente. Assim, sempre à presença dessa causa do fenômeno, se estaria determinando experimentalmente sua causa ou lei. O método Bacon pode assim ser sistematizado (BARROS; LEHFELD, 2014):

  • Aparecendo a causa, dá-se o efeito;
  • Retirando-se a causa, não se dá o efeito;
  • Variando-se a causa, altera-se o efeito.

Na obra Discours de la méthode (1637), o matemático francês René Descartes propõe um método que não se baseia na indução, mas em uma concepção racionalista da ciência – caracterizada pela crença no uso da razão para a obtenção do conhecimento científico. O método dedutivo proposto por Descartes pode ser resumido na ideia da decomposição do “todo” em elementos mais simples cuja verdade é intuitivamente reconhecida (resíduo mínimo indubitável – cogito). Esses elementos são recompostos por meio de deduções de forma a se chegar a conclusões de maneira puramente formal ou apenas baseadas na lógica. (MARTINS; THEÓPHILO, 2018).

Hegel, Marx, Popper, Kuhn

Hegel contribui no processo histórico, mas Marx defende que explicações verdadeiras para o que ocorre no real não se verificarão através do estabelecimento de relações causais ou relações de analogia, mas sim no desvelamento do “real aparente” para chegar no “real concreto”. Kuhn propõe o método em dois momentos: a ciência trabalha para ampliar e aprofundar o aparato conceitual do paradigma, ou, num momento de crise, trabalha pela superação do paradigma dominante.  (PRODANOV; FREITAS, 2013).

Considerado um dos principais críticos do método indutivo, Karl Popper formulou um conjunto de ideias que recebeu as denominações de racionalismo crítico e falsificacionismo, dentre outras. Essas concepções foram divulgadas por meio do livro Logik der forschung (Lógica da Pesquisa), editado em 1934, que somente alcançou maior repercussão a partir de 1960, com a publicação da tradução inglesa. Popper rejeitou radicalmente o emprego do método indutivo: “uma teoria não pode ser fabricada com dados da observação, não pode ser deduzida de enunciados particulares, pois a conclusão projetar-se-ia para além das premissas”. Em contrapartida, defende a unidade metodológica para todas as ciências e a adoção do método hipotético-dedutivo.

Essa sistemática – cujas ideias básicas chegaram a ser consideradas como o “retrato fiel” do método científico – inicia-se com a clara formulação e análise do problema visando a chegar às suas raízes. Em seguida, realiza-se seu estudo pormenorizado, de forma a estabelecer relações entre elementos mais simples. Somente então formuladas hipóteses (coerentes com os dados da questão) que, submetidas a testes, dão origem a uma possível solução para o problema. Segue-se a dedução de possíveis consequências da solução que, postas ao nível dos fatos, são submetidas a testes experimentais. Verificando-se que a solução se coaduna com o que se admite como verdadeira, esta poderá ser acolhida.

As repetidas simplificações do esquema de procedimento científico – método – estabelecido a partir das experiências de Galileu fizeram surgir uma espécie de “visão ortodoxa” do método científico. Essa linha de pensamento, defendida pelos seguidores de Bacon, e que concebe a ciência como derivada da observação, é denominada “indutivismo (ou empirismo) ingênuo” por muitos dos modernos filósofos da ciência. O adjetivo ingênuo é uma referência aos argumentos nos quais essas ideias se baseiam, considerados muito singulares. A impressão não decorre simplesmente do emprego do método indutivo, mas da suficiência que lhe é atribuída: para o indutivista ingênuo, o princípio da indução forma a base da ciência. Muitos dos indutivistas modernos não concordam em serem associados a essa versão mais tradicional; todavia, continuam a afirmar que uma teoria científica somente se justifica quando sustentada indutivamente em uma base fornecida pela experiência. (MARTINS; THEÓPHILO, 2018).

Muitos foram os pensadores e filósofos do passado que tentaram definir um único método aplicável a todas as ciências e a todos os ramos do conhecimento. Essas tentativas culminaram no surgimento de diferentes correntes de pensamento, por vezes conflitantes entre si. Na atualidade, já admitimos a convivência, e até a combinação, de métodos científicos diferentes, dependendo do objeto de investigação e do tipo de pesquisa. (PRODANOV; FREITAS, 2013).

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Evolução Histórica do Método Científico

O que é Método?

Etimologicamente, a palavra método deriva do latim methodus e do grego methodos, cujo significado é “caminho através do qual se preocupa chegar a algo ou um modo de fazer algo”.

Entendemos o método como sendo um procedimento adequado para estudar ou explicar um determinado problema. Para esse estudo ou explicação faz-se necessária a utilização de técnicas, visando atingir os objetivos preestabelecidos. Em outras palavras, o método é o caminhoque deve percorrer para consecução de nossos objetivos. (OLIVEIRA, 2018).

Qualquer atividade por mais simples que seja necessita de um método para ser realizada. Método é um conjunto de processos para atingir determinados resultados. Emprega-se em qualquer domínio para se alcançar determinado fim ou fins. Com o passar do tempo o termo generalizou -se passando a ser empregado para expressar outras coisas como “maneira de agir”, “tratado elementar”, “processo de ensino etc. (LEÃO, 2017).

Mencionada essa generalização no emprego da palavra método, poderemos perceber ao longo deste texto que, dependendo do autor, a definição de método pode possuir um foco baseado em sua etimologia ou é apresenta uma interpretação de método científico. Desta forma, entre os vários conceitos de método, Marconi e Lakatos (2017) citam:

  • Método é o caminho pelo qual se chega a determinado resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de antemão de modo refletido e deliberado (HEGENBERG, 1976, v. 2. p.115)
  • “Método é uma forma de selecionar técnicas, forma de avaliar alternativas para a ação científica… Assim, enquanto as técnicas utilizadas por um cientista são fruto de suas decisões, o modo pelo qual tais decisões são tomadas depende de suas regras de decisão. Métodos são regras de escolha; técnicas são as próprias escolhas” (ACKOFF In: HEGENBERG, 1976, v.2, p.116).
  • Método é a forma de proceder ao longo de um caminho. Na ciência os métodos constituem os instrumentos básicos que ordenam de início o pensamento em sistemas, traçam de modo ordenado e forma de proceder do cientista ao longo de um percurso para alcançar um objetivo” (TRUJILLO FERRARI, 1974, p. 24).
  • Método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um fim dado […] é o caminho a seguir para chegar à verdade nas ciências” (JOLIVET, 1979, p.71).
  •  “Método é o conjunto coerente de procedimentos racionais ou prático-racionais que orienta o pensamento para serem alcançados conhecimentos válidos” (NÉRICI, 1978, p. 15).
  • Método é um procedimento regular, explícito e passível de ser repetido para conseguir-se alguma coisa, seja material ou conceitual” (BUNGE, 1980, p.19).
  •  “A característica distintiva do método é ajudar a compreender, no sentido mais amplo, não os resultados da investigação científica, mas o próprio processo de investigação” (KAPLAN In: GRAWITZ, 1975, v. 1, p.18).

O que é Método Científico?

A fim de enriquecer a fundamentação teórica diante da abordagem de diferentes autores sobre a definição de método científico, assim como no método, apresentamos diferentes conceitos:

  • Método científico é a expressão lógica do raciocínio associada à formulação de argumentos convenientes. Esses argumentos, uma vez apresentados, têm por finalidade informar, descrever ou persuadir sobre um fato. Saber utilizar adequadamente termos, conceitos e definições significa metodologicamente saber expressar, na ciência, aquilo que o indivíduo sabe e que quer transmitir. (BARROS; LEHFELD, 2014).
  • Método científico é a abordagem ao conhecimento que enfatiza processos empíricos em vez de processos indutivos, hipóteses testáveis e a observação controlada e sistemática de fenômenos definidos operacionalmente, coleta de dados usando instrumentos acurados e precisos, medidas válidas e fidedignas e a publicação objetiva dos resultados; os cientistas tendem a ser críticos e, mais importante, céticos. (SHAUGHNESSY; B. ZECHMEISTER; S. ZECHMESITER, 2012).
  • Método científico trata-se de um conjunto de procedimentos lógicos e de técnicas operacionais que permitem o acesso às relações causais constantes entre os fenômenos. O método científico é um método experimental/matemático, notando-se que no momento experimental está em curso a fase indutiva do método, enquanto, no momento matemático, a ciência se constrói em uma fase dedutiva. (SEVERINO, 2016).
  • Método científico é um conjunto de procedimentos por intermédio dos quais se propõem problemas científicos e se colocam à prova hipóteses científicas. (MARCONI; LAKATOS, 2017).
  • Método científico é o traço característico da ciência. Sem ele torna-se -ia incompreensível falar da ciência, porque não poderia ser colocado em evidência o conjunto de operações para se alcançar determinado fim científico. O método científico é composto de observação cuidadosa e/ou experimentação e descrição precisa dos fatos e resultados. (LEÃO, 2017).
  • Método científico é o modo pelo qual os estudiosos constroem seus conhecimentos no campo da ciência, sendo compreensível que, na realidade, o método seja basicamente (filosoficamente) único para todos os saberes. Em se tratando de construção do conhecimento é bom lembrar que a opção por um método qualitativo não invalida a utilização de alguns dados quantitativos, uma vez que, dependendo do objeto de estudo, é importante que se reforce a análise dos dados em termos comparativos. (OLIVEIRA, 2018).
  • Método científico não é, nem mais nem menos, senão a maneira de se construir boa ciência: natural ou social, pura ou aplicada, formal ou factual. Vai-se gradativamente dominando-o à medida que se faz investigação original. Não se tem uma apreensão definitiva do método científico. Assim, como a ciência, o método está sempre a devir. Dessa forma, contemporaneamente, o entendimento é de que a expressão “método científico” é enganosa, pois pode induzir a crer que consiste em um conjunto de regras exaustivas e infalíveis. Na verdade, não existem tais receitas para investigar. O que se tem são estratégias de investigação científica com técnicas gerais e particulares, e métodos especiais para diversas tecnologias e ciências. (MARTINS; THEÓPHILO, 2018).
  • Método científico é a série de passos que se utiliza para obter um conhecimento confiável, ou seja, livre da subjetividade do pesquisador e o mais próximo possível da objetividade empírica. Refere-se, portanto, ao conjunto de regras básicas para desenvolver uma investigação com vistas a produzir novos conhecimentos ou corrigir e integrar conhecimentos existentes. (GIL, 2019).
  • Método científico é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo de produzir conhecimentos válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista. (MARCONI; LAKATOS, 2019).

Diferença entre Método e Método Científico

Como falamos anteriormente, houve uma generalização no emprego do conceito de método que levou a dedução de que todo método é científico.

Em seu sentido mais geral, o método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um certo fim dado ou um resultado desejado. Nas ciências, entende-se por método científico o conjunto de processos empregado na investigação e na demonstração da verdade. (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007).

Método científico é o conjunto de processos ou operações mentais que devemos empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa. Por método podemos entender o caminho, a forma, o modo de pensamento. É a forma de abordagem em nível de abstração dos fenômenos. É o conjunto de processos ou operações mentais empregados na pesquisa. (PRODANOV; FREITAS, 2013).

Podemos definir método como caminho para chegarmos a determinado fim. E método científico como o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para atingirmos o conhecimento. A investigação científica depende dos métodos científicos. (GIL, 2019).

Método e métodos situam-se em níveis claramente distintos, no que se refere à sua linha filosófica, ao seu grau de abstração, à sua finalidade mais ou menos explicativa, à sua ação nas etapas mais ou menos concretas da investigação e ao momento em que se situam. Com uma contribuição às tentativas de fazer distinção entre os termos, diríamos que o método se caracteriza por uma abordagem mais ampla, em nível de abstração mais elevado, dos fenômenos da natureza e da sociedade. (MARCONI; LAKATOS, 2019).

Definições variadas sobre Método Científico

Antes de iniciarmos, é importante conhecer algumas definições importantes que facilitará nosso entendimento sobre métodos científicos e suas classificações.

Definição: é a manifestação e apreensão dos elementos contidos no conceito, tratando de decidir em torno do que se dúvida e/ou do que é ambivalente. (BARROS; LEHFELD, 2014).

Fatos: acontecem na realidade, independentemente de haver ou não quem os conheça, mas, quando existe um observador, a percepção que ele tem desses fatos é que se chama fenômeno. Pessoas diversas podem observar no mesmo fato fenômenos diferentes, dependendo de seu paradigma que, de uma ou de outra forma, acaba por servir de base para a formulação de concepções e referenciais sobre as relações do homem com o mundo e sobre a existência humana percebida em sua dinâmica internacional de mútua e constante transformação. (LEÃO, 2017).

Hipótese: é uma proposição explicativa provisória de relações entre fenômenos, a ser comprovada ou infirmada pela experimentação. E se confirmada, transforma-se na lei. (MEDEIROS, 2019).

Lei científica: é um enunciado de uma relação causal constante entre fenômenos ou elementos de um fenômeno. Relações necessárias, naturais e invariáveis. Fórmula geral que sintetiza um conjunto de fatos naturais, expressando uma relação funcional constante entre variáveis. (MEDEIROS, 2019).

Método: é a estratégia da ação, indica o que fazer. O método é mais amplo, mais geral, estabelece o caminho correto para se chegar a um fim. Por conseguinte, um mesmo método permite utilização de diferentes técnicas, porém, entre elas haverá uma mais adequada do que as outras. (LEÃO, 2017).

Métodos de pesquisa: são métodos que envolvem as formas de coleta, de análise e de interpretação dos dados que os pesquisadores propõem para seus estudos. (CRESWELL, 2014).

Silogismo: é uma forma de raciocinar, chegar a uma conclusão, formada por três proposições: (1) premissa maior; (2) premissa menor; (3) conclusão, que vai comparar duas a duas. Admitidas como verdadeiras as premissas, a conclusão virá da premissa maior, por intermédio da premissa menor. ou seja, a premissa maior deve contar a verdade no seu limite máximo de abrangência, ser “universal” dentro do propósito estabelecido. A premissa menor deve estar relacionada com a verdade da premissa maior, podendo ou não ser comprovada integralmente por ela. (MICHEL, 2015).

Técnica: é o modo de fazer de forma mais hábil, mais segura, mais perfeita algum tipo de atividade, arte ou ofício. A técnica é a tática da ação, indica como fazer. A técnica assegura a instrumentação específica da ação. (LEÃO, 2017).

Termos: são palavras, declarações, significações convencionais que se referem a um objeto. É uma atividade mental que conduz um conhecimento, tornando não apenas inteligível essa pessoa ou essa coisa, mas todas as pessoas e coisas da mesma época. (BARROS; LEHFELD, 2014).

Variável: é todo fato ou fenômeno que se encontra numa relação com outros fatos, enquanto submetido a um processo de variação, qualquer que seja o tipo de variação com relação a alguma propriedade ou grau, a variação de um fato se correlacionando com a variação do outro. (MEDEIROS, 2019).

Etapas do Método Científico

Considerando que o método científico é a teoria da investigação, o conceito moderno do método (independentemente do tipo) alcança seus objetivos quando cumpre ou se propõe cumprir as seguintes etapas (MARCONI; LAKATOS, 2019):

  • Descobrimento do problema ou lacuna num conjunto de conhecimentos. Se o problema não estiver enunciado com clareza, passa-se à etapa seguinte; se o estiver, passa-se à subsequente;
  • Colocação precisa do problema ou ainda recolocação de um velho problema à luz de novos conhecimentos (empíricos ou teóricos, substantivos ou metodológicos);
  • Procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes do problema (por exemplo, dados empíricos, teorias, aparelhos de medição, técnica de medição). Ou seja, exame do conhecido para tentar resolver o problema;
  • Tentativa de solução do problema com auxílio dos meios identificados. Se a tentativa resultar inútil, passa-se para a etapa seguinte; em caso contrário, à subsequente;
  • Invenção de novas ideias (hipóteses, teorias ou técnicas) ou produção de novos dados empíricos que prometam resolver o problema;
  • Obtenção de uma solução (exata ou aproximada) do problema com auxílio do instrumental conceitual ou empírico disponível;
  • Investigação das consequências da solução obtida. Em se tratando de uma teoria, é a busca de prognósticos que possam ser feitos com seu auxílio. Em se tratando de novos dados, é o exame das consequências que possam ter para as teorias relevantes;
  • Prova (comprovação) da solução: confronto da solução com a totalidade das teorias e das informações empíricas pertinente. Se o resultado é satisfatório, a pesquisa é dada como concluída, até novo aviso. Do contrário, passa-se para a etapa seguinte;
  • Correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados empregados na obtenção da solução incorreta. Esse é, naturalmente, o começo de um novo ciclo de investigação.

Objetivos do Método Científico

O método científico visa cumprir quatro objetivos: descrição, previsão, explicação e aplicação (SHAUGHNESSY; B. ZECHMEISTER; S. ZECHMESITER, 2012):

  • Descrição: os pesquisadores definem, classificam, catalogam ou categorizam situações e relações para descrever processos mentais e comportamentos.
  • Previsão: quando os pesquisadores identificam correlações entre variáveis, eles conseguem prever processos mentais e comportamentos.
  • Explicação: os pesquisadores entendem um fenômeno quando conseguem identificar a causa.
  • Aplicação: os pesquisadores aplicam o seu conhecimento e métodos de pesquisa para mudar as vidas das pessoas para melhor. Exemplo: Psicologia

Classificação dos Métodos Científicos

Considerando-se a existência de muitos tipos de métodos, torna-se conveniente classificá-los. Vários sistemas de classificação podem ser adotados. Para os fins pretendidos neste trabalho, os métodos são classificados em dois grandes grupos: o dos que proporcionam as bases lógicas da investigação científica e o dos que esclarecem acerca dos procedimentos técnicos que poderão ser utilizados. Esta é uma classificação que apresenta semelhanças com o pensamento de Trujillo Ferrari, que trata dos métodos gerais e discretos e de Eva Lakatos que denomina de métodos de abordagem e métodos de procedimentos. (GIL, 2019).

Os métodos de abordagem divididos em método dedutivo, método indutivo, método hipotético-dedutivo e método dialético e os métodos de procedimentos (utilizados nas Ciências Humanas) compreendem: método histórico, método comparativo, método monográfico ou estudo de caso, método estatístico, método tipológico, método funcionalista, método estruturalista, método etnográfico e método clínico. (MEDEIROS, 2019). É importante entender que tanto a dedução como a indução são formas de raciocinar, argumentar e de refletir. (OLIVEIRA, 2018).

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Referências Bibliográficas:

BARROS, Aidil Jesus da Silveira; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de Metodologia Científica. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2014.

CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

CRESWELL, John W. Investigação qualitativa e projeto de pesquisa: escolhendo entre abordagens. Tradução: Sandra Mallmann. 3. ed. Porto Alegre: Penso, 2014.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2019.

LEÃO, Lourdes Meireles. Metodologia do Estudo e Pesquisa: facilitando a vida dos estudantes, professores e pesquisadores. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2017.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2019.

MARTINO, Luís Mauro Sá. Métodos de Pesquisa em Comunicação: projetos, ideias, práticas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2018.

MARTINS, Gilberto de Andrade; THEÓPHILO, Carlos Renato. Metodologia da Investigação Científica para Ciências Sociais Aplicadas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2016.

MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: prática de fichamentos, resumos, resenhas. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2019.

MICHEL, Maria Helena. Metodologia e Pesquisa Científica em Ciências Sociais: um guia prático para acompanhamento da disciplina e elaboração de trabalhos monográficos. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2015.

OLIVEIRA, Maria Marly de. Como Fazer Pesquisa Qualitativa. 7. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2018.

PRODANOV, Cleber Cristiano.; FREITAS, Ernani Cesar de Freitas. Metodologia do Trabalho Científico [recurso eletrônico]: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.

SHAUGHNESSY, John j.; ZECHMEISTER, Eugene B.; ZECHMEISTER, Jeanne S. Metodologia de Pesquisa em Psicologia. Tadução: Ronaldo Cataldo Costa. 9. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.

SANTOS, Pedro Antonio; KIENEN, Nadja; CASTIÑEIRA, Maria Inés. Metodologia da Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 2015. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 24. ed. São P

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 24. ed. São Paulo: Cortez, 2016.

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