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Pesquisa Pura

Pesquisa pura

A “pesquisa pura ou pesquisa básica”, é ainda chamada de “pesquisa teórica” ou “pesquisa fundamental” e tem por finalidade o “conhecer por conhecer.

O que é Pesquisa Pura?

A “pesquisa pura ou pesquisa básica” é mais uma especulação mental a respeito de determinados fatos. Esse tipo de pesquisa não implica, em um primeiro momento, em ação interventiva nem transformação da realidade social. Na pesquisa pura o pesquisador está voltado para satisfazer a uma necessidade intelectual de conhecer e compreender determinados fenômenos. (BARROS; LEHFELD, 2014).

Outros Conceitos de Pesquisa Pura

A pesquisa pura ou básica, é o tipo de pesquisa em que o pesquisador tem como intuito o saber, buscando satisfazer uma necessidade intelectual por meio do conhecimento. (CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2007).

Na mesma linha de pensamento, Andrade (2017) diz que a pesquisa pura é motivada por razões de ordem intelectual.

A pesquisa pura é uma modalidade de pesquisa que procura o progresso científico, a ampliação de conhecimentos teóricos, sem a preocupação de utilizá-las na prática. É uma pesquisa formal, que tem em vista generalizações, princípios e leis. (MARCONI, LAKATOS, 2017).

Segundo Gil (2019a), a pesquisa pura, é um tipo de pesquisa que reúne estudos com a finalidade de preencher uma lacuna no conhecimento.

A pesquisa social pode decorrer de razões de ordem intelectual, quando baseadas no desejo de conhecer pela simples satisfação de conhecer, essa forma de pesquisa é denominada pesquisa pura. (GIL, 2019b)

Metodologia da Pesquisa Pura

Para Assis (2009), o pesquisador pode ter a pretensão de desenvolver novas teorias, criar modelos teóricos novos, estabelecer novas hipóteses de trabalho nos vários campos do conhecimento humano, através dos métodos de dedução, indução ou analogia. Seu desenvolvimento tende a ser bastante formalizado uma vez que tem como finalidade a generalização, visando à construção de teorias e leis.

A pesquisa pura ou básica transmite aos iniciantes em pesquisa a ideia equivocada, devido a nomenclatura, de que se trata de uma modalidade de pesquisa simples e de fácil metodologia, porém, Andrade (2017) relata que a pesquisa pura é um tipo de pesquisa realizada por cientistas e que desta forma, contribui para o progresso da ciência.

Embora a denominação seja de pesquisa pura ou básica, exige do cientista um aprofundamento no conhecimento da ciência e das técnicas para o desenvolvimento, assim como experiência para chegar a teorias ou leis como resultado.

As pesquisas puras permitem o desenvolvimento da metodologia, na obtenção de diagnósticos e estudos cada vez mais aprimorados dos problemas ou fenômenos, portanto, visam melhorar o conhecimento. (MARCONI, LAKATOS, 2017).

Objetivos da Pesquisa Pura

No entendimento de Assis (2009), a pesquisa pura busca o progresso da ciência e tem por objetivo adquirir conhecimentos científicos, sem interessar-se por suas aplicações e consequências práticas.

Já para Prodanov e Freitas (2013) a pesquisa básica objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais.

Para Leão (2016), a pesquisa pura visa enriquecer o conhecimento sobre os fenômenos ou problemas que se dão na realidade. É aquela que monta e desvenda quadros teóricos. Rigorosamente falando, não existe pesquisa puramente teórica, isso seria mera especulação, sua importância é justamente a formação de quadros teóricos de referência.

Andrade (2017) diz que o objetivo da pesquisa pura é alcançar o saber, para a satisfação do desejo de adquirir conhecimentos.

Segundo Santos e Filho (2017), a pesquisa pura não tem por objetivo uma utilização prática dos resultados, mas sim o enriquecimento científico. É importante ressaltar que o embasamento teórico é fundamental para o desenvolvimento de qualquer tipo de pesquisa e para o avanço de qualquer campo da ciência.

Marconi e Lakatos (2017) cita o objetivo de forma bem sucinta a pesquisa pura “tem por meta o conhecimento pelo conhecimento”.

Tipos de Pesquisa Pura

Segundo Gil (2019a), a notável quantidade de pesquisas, tanto básicas quanto aplicadas, bem como sua interdependência, vem sugerindo novos sistemas de classificação.

a) Pesquisa básica pura: pesquisas destinadas unicamente a ampliação do conhecimento, sem qualquer preocupação com seus possíveis benefícios.

b) Pesquisa básica estratégica: pesquisas voltadas à aquisição de novos conhecimentos direcionados a amplas áreas com vistas à solução de reconhecidos práticos.

Exemplo de Pesquisa Pura

O trabalho de Darwin, elaborado no sentido de provar a origem da espécie humana, é um bom exemplo de um trabalho essencialmente teórico e que contribuiu para a evolução de novas ideias e discussões sobre os seres vivos. (SANTOS; FILHO, 2017).

Outro exemplo de pesquisa pura que visa estudos cada vez mais aprimorados dos problemas ou fenômenos é a teoria da relatividade desenvolvida pelo físico alemão Albert Einstein (MARCONI, LAKATOS, 2017).

Diferença entre Pesquisa Pura e Aplicada

Na pesquisa pura, o pesquisador, comumente, busca a atualização de seus conhecimentos, enquanto na pesquisa aplicada a finalidade não é somente procurar uma nova tomada de posição teórica, mas realizar uma ação concreta, ou seja, operacionalizar os resultados do trabalho.

Na realidade, as pesquisas pura e aplicada não são opostas ou mutuamente excludentes, e não se deve considerar uma mais importante que a outra, ou ainda, uma mais simples e outra mais complexa. Os dois tipos de pesquisas são indispensáveis ao desenvolvimento da ciência. Somente as circunstâncias vinculadas ao objeto de investigação relacionando-se com a realidade social, política, cultural e econômica onde e para onde se reveste o estudo é que poderão ditar maior ou menor importância eventual, bem como o grau de complexidade de uma sobre a outra. (BARROS; LEHFELD, 2014).


Referências Bibliográficas:

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2017.

ASSIS, Maria Cristina de. Metodologia do Trabalho Científico. In: Evangelina Maria B. de Faria; Ana Cristina S. Aldrigue. (Org.). Linguagens: usos e reflexões. 3. Ed. João Pessoa: Editora Universitária UFPB, 2009. Disponível em: <http://biblioteca.virtual.ufpb.br/files/metodologia_do_trabalho_cientifico_1360073105.pdf> Acesso em: 13 mar. 2018.

BARROS, Aidil Jesus da Silveira; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de Metodologia Científica. 3. ed. São Paulo. Pearson Prentice Hall, 2014.

CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2019a.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2019b.

LEÃO, Lourdes Meireles. Metodologia do Estudo e Pesquisa: facilitando a vida dos estudantes, professores e pesquisadores. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017.

PRODANOV, Cleber Cristiano.; FREITAS, Ernani Cesar de Freitas. Metodologia do Trabalho Científico [recurso eletrônico]: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.

SANTOS, João Almeida. FILHO, Domingos Parra. Metodologia Científica. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2017.

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